Causas, sintomas e tratamento da hipercolesterolemia (níveis altos de colesterol no sangue) – Parte 1 | AHF Colesterol

Causas, sintomas e tratamento da hipercolesterolemia (níveis altos de colesterol no sangue) – Parte 1

O colesterol é, ao mesmo tempo, nosso amigo e inimigo. Em níveis normais, ele é uma substância essencial para o funcionamento de nosso corpo, mas, se ocorrerem níveis sanguíneos elevados, ele se torna um perigo silencioso, que nos coloca sob risco de ter um infarto do miocárdio.

Veja, a seguir, alguns fatos sobre o colesterol:

  • O colesterol é uma substância essencial que é produzida pelo corpo, mas que também pode ser ingerida por alimentos de origem animal.
  • Os maiores fatores de risco para ter altos níveis de colesterol sanguíneo são hábitos de vida modificáveis, como dieta e exercícios físicos.
  • Uma predisposição para ter altos níveis de colesterol no sangue pode ser herdada geneticamente, sendo então chamada de hipercolesterolemia familiar.
  • Altos níveis de colesterol no sangue, por si só, não produzem sintomas.
  • Todas as pessoas devem ter os seus níveis sanguíneos de colesterol medidos pelo menos uma vez a cada cinco anos.
  • A primeira linha de tratamento para diminuir altos níveis de colesterol sanguíneo está relacionada a mudanças de hábitos de vida, como dieta e fazer exercícios físicos.
  • Se estas medidas não produzirem os resultados desejados, ou se os níveis de colesterol sanguíneo estiverem muito elevados, medicamentos redutores de colesterol, como as estatinas, devem ser prescritos.
  • Os altos níveis de colesterol no sangue são um importante contribuinte para que alguém tenha um risco elevado de ter uma doença do coração, como angina do peito, ou um infarto do miocárdio dentro dos próximos dez anos.

O que é o colesterol?

Causas, sintomas e tratamento da hipercolesterolemia – Parte 1 IO colesterol é uma substância encontrada em todas as células do corpo humano e que tem importantes funções naturais. Ele é produzido pelo corpo e pode também ser ingerido como alimento. Ele tem uma aparência gordurosa.

O colesterol é uma substância oleosa que não se dissolve em meio aquoso, como o sangue. Então, ele é transportado no sangue sob a forma de lipoproteínas, que são solúveis em água e podem ser de dois tipos:

  • Lipoproteínas de baixa densidade, também chamado de colesterol LDL (low density lipoproteins), ou de mau colesterol;
  • Lipoproteínas de alta densidade, também chamado de colesterol HDL (high density lipoproteins), ou de bom colesterol.

O colesterol tem quatro funções principais, sem as quais não podemos viver:

  1. Ele contribui para formar a estrutura das paredes celulares,
  1. Ele faz parte dos ácidos biliares, que são substâncias digestivas que atuam nos intestinos,
  1. Ele permite a síntese da vitamina D,
  1. Ele faz parte da estrutura de certos hormônios.

Entre os alimentos que são bons para uma dieta de redução dos níveis de colesterol estão:

  • Alimentos à base de soja (15 gramas por dia): leite de soja, sobremesas de soja, grãos de soja (como substitutos de carne ou preparados como feijão) e tofu,
  • Nozes ou castanhas: um punhado por dia,
  • Aveias e cevada, que fornecem a fibra solúvel betaglucano,
  • Esteróis/estanóis vegetais,
  • Frutas e legumes,
  • Alimentos ricos em gorduras poli insaturadas, como canola e óleos vegetais.

Entre os alimentos contra indicados para portadores de altos níveis de colesterol estão:

  • Manteiga,
  • Margarinas sólidas,
  • Banha de porco,
  • Carnes gordurosas ou processadas,
  • Gordura presente no leite (nata) e em derivados (certos tipos de queijo).

Quais são as consequências dos altos níveis de colesterol LDL?

Causas, sintomas e tratamento da hipercolesterolemia – Parte 1 IIEles são um importante fator de risco de doenças coronarianas, como a angina do peito, e do infarto do miocárdio. A diminuição dos níveis sanguíneos do colesterol LDL diminui o risco cardiovascular.

Altos níveis sanguíneos do colesterol LDL produzem um acúmulo nas paredes das artérias, onde eles se depositam como placas, que vão progressivamente causando obstrução da luz (entupimento). Este processo é chamado de aterosclerose.

Já o colesterol HDL transporta colesterol para o fígado, para que ele seja removido do corpo.

Esses altos níveis podem ser causados por hábitos de vida modificáveis e não modificáveis. Dois dos principais fatores de risco altamente modificáveis são dieta e exercícios físicos. Isto significa que alguma coisa pode ser feita para alterar estes fatores de risco. Entre essas coisas estão: limitar a ingestão de gordura de origem animal, como carnes gordurosas (pele de frango, cupim, costela de boi), certos tipos de queijo (prato, camenbert, brie, gouda, gorgonzola), gema de ovo, chocolate, frituras e gordura trans, encontrada em certos alimentos fritos e em alimentos processados. Reduzir excesso de peso corporal, através de dieta adequada e de exercícios físicos.

Níveis anormais de colesterol podem também ser secundários ao seguinte:

  • Diabetes,
  • Doenças do fígado e/ou dos rins,
  • Síndrome do ovário policístico,
  • Gravidez, ou outras situações que aumentem os níveis de hormônios femininos,
  • Hipotireoidismo,
  • Medicamentos que aumentam o colesterol LDL, ou que diminuem o colesterol HDL, como progesterona, esteroides anabolizantes e corticosteroides.

Na próxima semana, veremos os detalhes sobre diagnóstico e tratamento dos altos níveis de colesterol LDL.

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A Hipercolesterolemia Familiar é uma doença genética que causa níveis muito aumentados de LDL colesterol no sangue de seus portadores. Por causa disso, estas pessoas estão sob um risco muito aumentado de infarto do coração. Se você tiver colesterol LDL acima de 210 mg/dl e membros em sua família com infarto em idade inferior a 45 anos, entre em contato com o InCor pelo e-mail hipercolbrasil@incor.usp.br enviando como anexo uma cópia ou foto do seu exame de colesterol junto com um número de contato telefônico. A Equipe do Hipercol Brasil entrará em contato com você!

Continue visitando o nosso site para aprender mais sobre a HF. Leve esta notícia ao seu médico. Espalhe que a HF é tratável, quanto mais cedo diagnosticado melhores são os resultados. A HF é familiar, passa de geração em geração, portanto todos precisam ser diagnosticados.

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