Por recomendação da Dra. Tânia Martinez* estamos transcrevendo uma boa notícia de Eliane Quinalta, publicada no Metro Jornal São Paulo em 06/12/2016.
Segundo a notícia, os laboratórios não precisarão mais exigir que pacientes fiquem 12 horas em jejum para realizar exames do perfil lipídico, que medem os níveis de gordura no sangue, como o de colesterol total, HDL-C, não HDL-C, LDL-C e triglicerídeos.
Ontem, cinco entidades médicas do país divulgaram documento com novos valores de referência para os exames. Para o grupo, o fato do paciente estar alimentado não interfere no resultado do triglicerídeos – que indicava a necessidade das 12 horas sem a ingestão de alimentos.
“O valor de referência desejável deste exame de triglicérides é de 150 mg/dL com jejum e de 175 mg/dL sem o jejum. A alta de apenas 25 mg/dL é muito pequena para exigir a privação de alimentos por um período tão prolongado”, defende a conselheira para a aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dra. Tânia Martinez.
A recomendação deverá beneficiar crianças, idosos e diabéticos, mais sujeitos a se sentirem mal ao ficar sem comida. “O jejum prolongado, às vezes agravado pelas longas filas dos laboratórios, pode fazer o diabético ter uma hipoglicemia”, diz a Dra. Tânia.
O jejum de 12 horas será indicado apenas para quem fizer o exame de triglicerídeos e tiver um resultado igual ou superior a 440 mg/dL. Neste caso, o exame deverá ser refeito.
Período de adaptação
A flexibilização do jejum vinha sendo discutida no país desde que um estudo sobre o tema foi publicado neste ano na Dinamarca.
As novas recomendações, que contam com o aval de Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), SBAC (Sociedade Brasileira de Análises Clínicas), SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), DA/SBC (Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia), SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial), já foram repassadas para os laboratórios do país e deverá estar nas rotinas até 2018.
“A implantação será gradual, pois os laboratórios de análises clínicas precisam de tempo para se adaptar”, conclui a Dra. Tânia.
*A Dra. Tânia Martinez é conselheira da AHF e possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Molecular) pela Universidade Federal de São Paulo (1984). Atualmente ela é docente pós-graduação da Universidade de São Paulo, secretária da Sociedade Latino americana de Aterosclerose - SOLAT, docente de pós-graduação do Instituto do Coração, livre docente em medicina pela UNIFESP.
Ela tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cardiologia, endocrinologia e medicina laboratorial, atuando principalmente nos seguintes temas: dislipidemia, aterosclerose, colesterol e fatores de risco (cardioendócrino).
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