Edgard Elias Alves Rodrigues nasceu em Botucatu, estado de São Paulo e, há quase cinco décadas, dos seus 68 anos de idade, vive na capital paulista. É filho de brasileiros e tem ascendência italiana de seus bisavôs, pelo lado materno. Jornalista, apesar de aposentado, continua na ativa em ritmo mais moderado.
No final da década de 80 descobriu que tinha colesterol alto ao fazer exames de rotina. Logo percebeu que, mesmo com a medicação indicada, a taxa se alterava muito pouco, quase nada.
Há pouco tempo foi diagnosticado com Hipercolesterolemia Familiar (HF), doença hereditária na qual uma alteração genética causa altos níveis de colesterol. Convive ainda com diabetes tipo 2 e com pressão alta, praticamente controladas com medicações, que exigem um cuidado maior com o seu estado de saúde, pois essas doenças aumentam ainda mais o risco de um evento cardiovascular. Durante as últimas décadas, Edgard submeteu-se a cirurgias cardíacas. É revascularizado, tem duas pontes de safenas, duas pontes mamárias e mais quatro stents.
Sua mãe, hoje com 88 anos tem HF, seu irmão, um ano mais novo, e outras duas irmãs também carregam no gene o colesterol alto, que não poupou seu filho e sua filha já adultos, com mais de 30 anos. Seus familiares fizeram o teste de DNA, que reiterou a causa do colesterol alto. Edgard sabe que é de fundamental importância que, em famílias com um histórico de HF, os demais familiares, inclusive crianças, façam exames específicos o quanto antes.
Interessado por alternativas e novidades para o tratamento de suas doenças, consulta estudos clínicos e científicos que têm chancela de especialistas e de instituições gabaritadas na área de saúde e pesquisa. Não confia no que é divulgado pela internet, desses dados que “pipocam por aí com soluções milagrosas”.
Edgard visa qualidade de vida e, dentro do possível, pratica atividade física, não bebe, não fuma e respeita os limites de seu corpo. Para ele é uma rotina complicada, porém necessária e com benefícios evidentes. É bem difícil se adaptar ao cardápio indicado pela nutricionista e ainda tomar 17 comprimidos diariamente.
Participou da assembleia de criação da Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF), em maio de 2014. O apreciador das letras toca a vida, segue em frente, determinado, porque há situações que não podem ser mudadas. Não é fácil, mas ele continua seguindo.
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Se você tiver colesterol LDL acima de 210 mg/dl e membros em sua família com infarto em idade inferior a 45 anos, entre em contato com o InCor pelo e-mail hipercolbrasil@incor.usp.br enviando como anexo uma cópia ou foto do seu exame de colesterol junto com um número de contato telefônico. A Equipe do Hipercol Brasil entrará em contato com você!
Continue visitando o nosso site para aprender mais sobre a HF. Leve esta notícia ao seu médico. Espalhe que a HF é tratável, quanto mais cedo diagnosticado melhores são os resultados. A HF é familiar, passa de geração em geração, portanto todos precisam ser diagnosticados.
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